Radiografias dentais podem detectar futuros problemas de coração?

Uma radiografia panorâmica feita a pedido do dentista pode mostrar mais do que problemas de saúde orais: o dentista também pode ajudar a detectar uma doença silenciosa do coração ou risco de derrame.

Radiografias panorâmicas podem detectar depósitos de cálcio que estreitam a artéria carótida no pescoço. Esta condição é chamada calcificação de artéria carótida (CAC). Embora a CAC não indique sempre se a artéria carótida está bloqueada, pode indicar um risco mais elevado para derrames ou um evento cardíaco sério.

Um recente estudo examinou as radiografias dentais panorâmicas e o acompanhamento clínico de pacientes do sexo masculino examinados em um hospital para veteranos de guerra, entre 1986 e 2000. Os pacientes com CAC identificável nas radiografias sofreram três vezes mais problemas de coração ou derrame em um período de três anos, quando comparado aos pacientes cujas artérias carótidas não mostraram depósitos de cálcio.

Se a radiografia panorâmica rotineira evidenciar a CAC, o dentista pode encaminhar o paciente para uma avaliação adicional e tratamento para possíveis problemas cardíacos e vasculares. Fonte: APCD Radiografias permitem que os dentistas enxerguem além do dente As radiografias dentárias (raios-X) podem fornecer informações importantes sobre a saúde bucal do paciente. Elas ajudam os dentistas a examinar o osso subjacente, as raízes dos dentes ou dentes não irrompidos, assim como as áreas de contato entre os dentes. Em alguns casos, as radiografias dentais podem revelar uma condição em estágio inicial, antes mesmo que o paciente apresente sinais ou sintomas de que algo está errado. As radiografias dentárias podem revelar, entre outras coisas:

  • pequenas áreas de cárie nos dentes e embaixo de restaurações existentes;
  • alterações do osso;
  • abcessos ou cistos;
  • sinais de doença periodontal (gengival);
  • anomalias do desenvolvimento e outras;
  • alguns tipos de tumores;
  • evidências de trauma; e
  • evidências de doenças sistêmicas.

Os dentistas prescrevem radiografias dentárias após a avaliação das necessidades do paciente, que inclui uma revisão da história de saúde do paciente, avaliação de sua história clínica odontológica, realização de um exame clínico, avaliação da susceptibilidade do paciente a doenças dentárias e exame de radiografias anteriores quando disponíveis. Com base nessas informações, o dentista pode determinar se novas radiografias são necessárias.

Se você for um novo paciente, seu dentista pode desejar ver suas radiografias anteriores. Ele poderá recomendar uma série radiográfica de toda a boca para determinar o estado das áreas escondidas da boca e ajudar a analisar alterações que possam vir a ocorrer posteriormente.

As pacientes devem avisar ao dentista se houver a suspeita de que estejam grávidas. Alguns procedimentos odontológicos, incluindo as radiografias necessárias para diagnóstico e tratamento, podem ser adiados até que o bebê tenha nascido.

Entretanto, a doença dentária não tratada durante a gravidez pode levar a problemas para a mãe e para o feto. Radiografias dentárias podem ser necessárias para o diagnóstico e o tratamento. Um avental de chumbo e um colar de proteção para a tireóide são usados quando pacientes grávidas são submetidas à radiografia e ajudam a proteger a tireóide e o abdômen da paciente.

Se a paciente estiver preocupada com o efeito que qualquer medicamento, tratamento odontológico ou radiografia possa exercer na gravidez, ela deve discutir suas preocupações com o dentista e o médico. Fonte: APCD Resina colorida facilita trabalho de ortodontistas Pesquisadores da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP tiveram uma idéia que vai facilitar o trabalho dos ortodontistas: usar resina colorida para colar os bráquetes do aparelho ortodôntico fixo. A medida será muito útil no momento de retirada do aparelho: a coloração vai permitir uma melhor visualização do local onde há resina para que ela seja totalmente removida dos dentes. A idéia já está em processo de patente.

“A inovação está no novo uso que demos à resina colorida. Atualmente ela é usada na odontologia apenas na caracterização de dentes, quando é preciso, por exemplo, deixá-los com manchas”, explica o professor da FOB Paulo Afonso Silveira Francisconi. Ele foi o orientador do ortodontista Tiago Turri de Castro Ribeiro na monografia apresentada para o curso de Especialização em Ortodontia realizado entre 2002 e 2006 no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (Centrinho) da USP, em Bauru.

“O trabalho completo de retirada do aparelho ortodôntico fixo e limpeza dos dentes costuma levar, em média, cerca de duas horas, e é muito cansativo tanto para o ortodontista como para o paciente”, explica o professor Francisconi. “Como a resina convencional não é visualizada facilmente, o profissional muitas vezes acaba deixando um pouco do produto nos dentes, o que pode levar ao acúmulo de restos de alimentos e de microorganismos no lugar, favorecendo o aparecimento da cárie. No caso de o ortodontista passar a broca onde não há resina, pode-se riscar ou desgastar o esmalte do dente”, esclarece.

Os bráquetes são colados ao dente com a resina convencional que tem a mesma coloração dentária. O problema é quando chega o momento de retirar o aparelho. Quando os bráquetes são removidos, a resina fica colada ao dente. E é neste momento que a resina colorida vai facilitar o trabalho dos ortodontistas, pois permitirá uma melhor visualização de onde há resina, favorecendo sua retirada. “Este procedimento, de usar a resina convencional, da cor do dente, é usada em todo o mundo”, lembra o professor.

Franciscone conta que, em 2007, ele foi um dos membros da banca examinadora que avaliou a pesquisa de doutorado do ortodontista Alexandre Fortes Drummond realizada na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

“A tese de Drummond comprovou que a maior dificuldade apresentada pelos ortodontistas era exatamente remover por completo os restos de resina dos dentes”, informa.

Potencial de comercialização
Os testes foram realizados no Laboratório de Materiais Dentários da FOB. Para chegar à resina colorida, Tiago Turri de Castro Ribeiro conta que misturou corante da cor cinza e resina convencional em partes iguais em volume. “A capacidade adesiva da resina colorida foi semelhante ao da resina convencional. A colorida também se mostrou mais fácil de ser removida”, conta Castro Ribeiro, que atualmente trabalha como ortodontista do Centrinho.

“Estamos agora fazendo contato com empresas interessadas em viabilizar a comercialização do produto”, informa. Castro Ribeiro lembra que não haverá necessidade de a empresa fazer investimento tecnológico para desenvolver a resina colorida, visto que ela já existe. “O que será preciso fazer é adequar o uso deste produto que já existe para esta nova finalidade.”

Já os pacientes podem ficar tranqüilos, pois ficarão apenas com o “sorriso metálico”: “Se no momento de colar os bráquetes o ortodontista usar uma quantidade muito grande de resina colorida e ela ficar aparecendo em cima do dente, é só retirar o excesso antes que o material endureça”, esclarece o pesquisador.

Mais informações: (0XX14) 3235-8261 / 8263, e-mails tiagoturri@yahoo.com.br (Tiago Turri de Castro) ou pasf@fob.usp.br (Paulo Afonso Silveira Franciscone)

Fonte: FO-USP (Agência USP)

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